quarta-feira, 24 de junho de 2009

NADA

Eu carregava apenas uma velha sacola na mão, com uns dois pãezinhos também velhos. Na outra me apoiava na muleta que tinha mais esparadrapos pra emendar do que em minha própria perna. Era tudo o que eu carregava, além da minha miséria, cansaço e da minha dor.

Eu ia...Bem, não me lembro ao certo pra onde ia. O sol na cabeça e o frio no corpo às vezes é tanto que embaralha todas as idéias.
Mas me lembro que caminhava já com dificuldade, e num minuto de distração, ou até por que não dizer de esgotamento, eu caí.
A sacola foi ‘prum’ lado, a muleta pra outro e meu velho corpo cansado, entre meio aos dois.
A palavra “Socorro” ou um “Alguém me ajuda, por favor,” era grande demais para que e dor me permitisse dizer. Então, só conseguia gemer.

Algumas pessoas passaram retas, outras pararam e me olharam, mas NADA fizeram.
Essas pessoas passam por tantas coisas diariamente que nem se lembram mais o sentido da palavra sensibilidade. Ou talvez, meu suor não valha sujar suas belas camisas engomadas.

Mas em meio TANTA-NADA gente bem vestida, com pressa, indo e vindo, mesmo deitado eu pude vê-la.

Seus olhos refletiam o sentimento de seu coração, e não era um coração insensível. Talvez pela idade, pois ela aparentava ser nova.
Sei que ela queria fazer algo, seus olhos era quem me diziam isso. Mas, mais forte que o meu cheiro era o cheiro do medo dela, e eu podia sentir.
Seus olhos desviavam, mas meus olhos, mesmo embaçados, viam que eles tornavam a me olhar. E eu continuava ali caído.
Até que a entendo, ainda sim sou capaz disto. Ela era uma jovem moça e eu um velho fodido. Ela não me conhecia. Não sabia se me dei mal na vida por que fiz mal pra vida de outro alguém, ou se fui mais uma vítima desse sistema falido. Ela não sabia se eu cheirava a pinga, ou se representava perigo.

Mas, de repente uma pessoa passou em minha frente e, no instante seguinte só vi a porta do carro se fechar.

Ela estava indo embora.

E eu fiquei gemendo ali, ainda caído, no chão.

Ela nunca vai seber se alguém me levantou, nem se ainda permaneço no mesmo lugar, embora pra mim já não faça mais diferença. Mas pude sentir antes disso, mesmo que de longe, as lágrimas dela me banharem.

Mesmo que ela não tenha me levantado, o sentimento dela, pra mim, é mais precioso que o próprio ato. E assim como eu, ela também sabe, mesmo longe, o meu desejo. Que não exista mal que a caleje, nem que a faça perder o medo. Que nunca seja insensível, nem que a vida a estrague. Assim, talvez e também com isso, ela seja tudo. Porque eu já não sou mais NADA.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Um é pão, dois é bom e três com manteiga é demais

( Tema Proposto 1)


Era um daqueles preguiçosos dias de inverno, e a fome matinal não o permitiu tempo para escolhas mais elaboradas que não um simples pão com manteiga.

- Um pão com manteiga, por favor. Pediu ele então sem nem ao menos olhar o cardápio que a garçonete havia colocado à mesa.

- Algo para beber? Indagou a garçonete ao rapaz, que ao por os olhos nela se perguntou o que havia levado uma mulher tão linda parar num lugar onde preferem ver o cardápio a vê-la.

- Qualquer coisa. Ele respondeu sem dar preferência ao que não fosse seu desejado pão com manteiga.

- Desculpa senhor. Sei que não viu o cardápio, mas não temos qualquer coisa. Brincou.

Além de linda também é simpática. Pensou ele.

- Um café com leite, por favor. Respondeu olhando as mãos da garçonete, que anotava o pedido, na tentativa de verificar se ela tinha alguma aliança que simbolizasse um compromisso.

- Que pena! Desabafou alto.

- Como? Ela perguntou sem entender.

- Como?? Não!! Nada!!Pensando alto apenas, me desculpe. E sorriu.

Então ela virou as costas e foi em direção a cozinha, e no meio do caminho gritou algo como “um café com leite, na mesa 2” e continuou. Ela poderia gritar o mesmo para alguém fazer o pão, mas preferiu ela mesma fazer.

Escolheu o pão, que em sua opinião, era o melhor pão. Cortou-lhe ao meio e sorriu ao lembrar-se do cliente meio desastrado. Colocou na chapa para aquecer, apenas de leve. Pegou o prato, ainda molhado no escorredor, e o secou. Colocou o pão sobre ele, pegou o pote de manteiga e cortou uma grossa fatia dela.
Era de dar água na boca ao ver a manteiga derretendo sobre o pão quente, enquanto ela passava a manteiga.

- Obrigado! Respondeu ele pelo pão, e que já tinha seu leite pela metade quando ela foi o servir.

- Desculpe a demora, mas garanto se não o melhor, será um dos melhores pães com manteiga que você já comeu em sua vida.

- E a que se deve isso?? Perguntou curioso.
- As coisas feitas com amor. Respondeu a bela garçonete, que correspondia ao interesse subtendido dele.

E a moça tinha razão.
Não era um dos melhores, mas o melhor pão com manteiga de que ele provara.
Talvez o amor dela pudesse ser tão bom quanto ao pão que ela fizera pra ele. Mas isso era algo que ele não poderia provar.

Quem sabe num próximo pão com manteiga.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Heróis e Vilões

Minhas experiências provam isso e, infelizmente além do plural é que foi pelo lado ruim.

Se um dia, no meio de algum caos, ver um, eu confesso:

Não sei se me protejo com eles ou deles.

Se tem uma coisa que eu não suporto é injustiça. Ou talvez, burrice ou despreparo.

Fecham os olhos pro que não deveriam e fingem aplicar seu trabalho em vítimas, porque sim, já fui uma das vítimas..

Agora quem me conhece e sabe, pode até falar que o ambiente que estava frequentando nesses momentos não era dos melhores pelos riscos e tudo mais, mas eu não sabia que agora definimos a índole de um cidadão por gostar de futebol e por querer acompanhar o seu time de perto.
Não sou maloqueira por ser corinthiana.
Posso ser na alusão da farra, dos gritos e no amor desesperado e explosivo que acontece de forma única no Corinthians, mas não no sentido literal.
Sou Corinthiana!! Mas nunca roubei, muito menos matei, nem trafiquei, nem furtei. Não sou a pessoa mais correta do mundo, mas tento ser à medida que posso a mais correta com as outras pessoas. Não uso drogas, pelo menos não as ilícitas e, não estou aqui pra afirmar que nenhum corinthiano faz isso, porque deve ter quem faça, tudo isso e muito mais. Mas eu e nem outros na mesma situação, devemos ser rotulados pela generalização.

Vou ao estádio apenas pra assistir e, talvez seja por isso que tenha me acontecido tantas coisas ruins afinal, hoje em dia é praticamente errado ser correto.

Eu tenho estudo, base familiar e graças a Deus condições financeiras, mas quanto esse último, também não define índole de ninguém afinal, estamos cansados de ver bandidos também engravatados e vilões vestidos de heróis.

Desabafo por mim e sei que trancrevo o desabafo de muita gente.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Dou-lhe uma! Dou-lhe duas! Dou-lhe três!

Ontem, mais uma vez no trânsito de São Paulo, ouvi na rádio a notícia da nova moda no Rio.
A Moda de ser virgem.
Agora me pergunto, ainda existe isso no Estado do Rio de Janeiro? Estado dos famosos morros com suas noitadas de baile Funk de meninas sem calcinhas?

Bem, acho que pior que isso é na Europa ( Pois é o Brasil, neste caso, conseguiu ser menos pior) Com menininhas leiloando via Internet suas virgindades.
Por um lado, vai ver que até pensam estar se valorizando trocando sua primeira vez por uma grande quantidade de euro agora, por outro lado e na minha opinião, isso se chama desvalorização. Desvalorização dos Princípios e da Dignidade. E vejo, mas de forma mais moderna com leilões pela Internet, voltar à profissão mais antiga do mundo, mesmo com as tais, não se considerando profissionais do sexo. Bom, a não ser que isso tenha mudado de nome e eu não tenha sido avisada.
Agora, como defensora que sempre fui do - Cada um faz o que quiser de si mesmo- não deixarei de defender também outra opinião - O de que cada um pensa e/ou opina da forma que quiser sobre a decisão alheia.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Se eu pudesse escrever uma carta ...

Estou cansada de ver meu nome na mídia.
Eu cansei de ser página de jornal e manchete de rádio. Cansei do meu nome na boca dos âncoras dos telejornais.
Estou cansada de ser desejada e contraditoriamente rejeitada.
Já me cansei das juras de evolução e acabar sempre sozinha, perdida na regressão.
Não quero ser mais motivos de protestos, nem andar de branco e nem acender velas. Não quero mais ninguém chorando nem gritando por mim. Não quero mais ninguém rezando querendo me encontrar.Porque é ironia não ser motivo pra travar batalhas e sim iniciar guerras... Guerras? Justo por mim?
Isso é injusto.

Estou cansada.

Quero sombra e água fresca. Quero ser livre e não mais reinar no coração dessa gente, pelo menos por enquanto.
Preciso descansar pois já me cansei de ficar parada esperando alguém definitivamente me usar.
Assim quem sabe, descansada eu possa ser útil pra alguém e, quando com necessidade verdadeira, me procurarem quem sabe possa não ser mais jurada em vão.

Eu quero Paz!

Ass.: Paz

terça-feira, 7 de abril de 2009

Visão da Recepção

Essa jornada diária é uma batalha corrida, mas necessária. E começa cedo... Bem cedo, com o mesmo cheiro de sempre, o de café fresquinho. É como numa trilha sonora que embala dias que nunca serão os mesmos.

Daqui posso ver cortado por um balcão, da metade pra cima, um corredor.Um corredor com 4 elevadores das quais incontáveis pessoas entram e saem pelas portas que se abrem e fecham seguidas de um sonoro
PIN PIN PIM PIMMM ” que os quatro propagam, irritantemente, às vezes até simultaneamente.
Posso observar o mais variado tipo de rostos, cabelos, roupas e ...Cavalos. Cavalos azuis, amarelos, rosados... Bordados em cima do bolso do lado direito de suas camisas, provavelmente compradas em algum Outlet de uma de suas viagens ao exterior. Estados Unidos Provavelmente. Já vi um carioca no Outlet da P. Ralph Lauren, dos Estados Unidos, insistir em entrar em um número de terno menor do qual usava. É cada coisa...

Aqui há risadas, algumas altas e exageradas. Amigos, “inimigos”, elogios e broncas.

Mal entendidos...

Posso ver e ser vítima dos mais variados tipos de humor. Há quem pela manhã, do outro lado, chega a me mandar beijos e no dia seguinte só falta me mandar praquele lugar.. Aquele mesmo. E por qual razão? Normalmente é sempre para o primeiro que encontra pela frente. E eu? Bem, eu sempre estou aqui na frente.


Tem dias que parece que o mundo vai acabar em um minuto.


Telefone tocando, barulho de salto se mesclando com alguém no Nextel chamando. É Papel A4, grampo, envelope e mais cavalos no galope a sair do elevador. China in Box, Reunião...

- Aceita uma água ou um café?
Transferência de ligação.
Noutro é possível ouvir a musica que toca baixinho vindo lá do final do corredor, dentro do banheiro. É como uma espécie de vaca amarela retornasse das brincadeiras infantis para o mundo dos Business.

Das conversas fragmentadas, conclusões precipitadas eu poderia tirar.Tantas coisas ditas diretas e indiretamente. Quantos desabafos, recados e e-mails enviados.

Gente pra lá e pra cá, embora mais pra lá do que pra cá. Gente que te vê, que desvia o olhar ou que eu não vejo, mas fazem de tudo pra eu reparar.
Pessoas concentradas, distraídas, desastradas. Algumas até perdidas.

A hora passa, a fome aumenta o humor acaba.
O cheiro de café, não mais fresco, mistura-se com os mais variados outros cheiros que vem da copa. Pra quem já comeu isso daria asco. Mas pra que fica, como um cachorro de olho em qualquer migalha que seria bem vinda, isso seria uma explosão de sabores. Ainda bem que existem os chocolates dos seus mais variados tamanhos e sabores e também as bolachas de alguém que sempre com carinho lembra de mim e com carinho eu sempre me lembrarei delas.

Olho no relógio , vejo que o final se aproxima e que mais um dia valeu a pena. Às vezes um dia pra lembrar e outros pra esquecer, mas quando se tem um propósito na vida tudo vale a pena!



O elevador se abre, mas dessa vez pra mim. Disputo meu espaço com meia dúzia de engravatados e as portas então se fecham, encerrando um dia que parecia não ter fim...








segunda-feira, 6 de abril de 2009

"O Branco de Escritor"

Um dia, na tentativa inútil de escrever algo, quando revoltada por não sair da quarta linha, (alias, antes fossem quatro. Eu não consegui sair da terceira linha e meia) Desabafei, indignada, com um amigo. Justo eu, que excedia sempre a regra das aproximadamente 15/20 linhas das redaçãos. Ele me disse que isso se chama “ Branco de Escritor”
Faz uma semana que convivo com isso. Então, nada mais justo que...

O Branco de Escritor

Dá um Branco!
E fica literalmente deixado em branco o papel, o programa de texto, a agenda o papel de rascunho ou o bloquinho de anotações. Acontece isso ou, as poucas palavras indecisas são
rabiscadas e apagadas. São desistidas.
É a inspiração impossível de ser descrita, mas quando tenta descrever... Dá um branco.
As idéias se misturam.
Passam a existir inúmeros começos, mas nenhum meio e sem nenhum final.
A sensação de impotência cria um potencial. Pq pode-se se ver escapar entre os dedos uma das poucas coisas que aprendemos a fazer, escrever.
É como a mão pesada de sal no prato do famoso cozinheiro. Ou como uma corda desafinada no instrumento do violeiro.É como num sono pesado, calado que aquieta o arruaceiro.
É como uma criança que se cansa, mas não descansa com seu pequenino travesseiro.

Eu penso e repenso. Escrevo, mas depois apago. Insisto, mas logo desisto.
Amasso o papel branco das brancas idéias que tenho.
Escrevo coisas sem nexo, mas Deus queira que isso não vire um complexo.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Ironia


Nós somos mesmo engraçados.

Às vezes, mesmo que demore muito tempo pra tomar tal decisão, acabamos fazendo algo que achamos que é única e exclusivamente para o bem desse alguém...

...Nos esquecemos que o bem sempre acaba sendo pra nós mesmos e ai nos perguntamos o porquê demoramos tanto pra fazer isso.
Sem contar no cheiro de bolo ainda quentinho e do pão de queijo fresquinho.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Distância

Há uma distância ...
Uma distância que não está em tempo. Uma distância que não está em medidas.
Que não está no próprio sentido da distância.
É uma distância que está presente na escassez dos pensamentos e na prioridade da lembrança, no valor que não damos a um passado, nem por uma amizade e nem pelo tempo perdido.
Escondido.
A Distância não existe pra quem valoriza, ainda que esteja distante.
Prova-se na prática, desses, de que estar longe não precisa necessariamente esquecer-se, mesmo que a convivência seja pouca, mesmo que nossas vidas nos atropelem com compromissos. Mesmo que tenhamos que seguir outros caminhos.
Distintos.

O tempo que existe nesta distância não é capaz de apagar o que foi construído com o tempo, mesmo que distante.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Solidão


A cada minuto;
60 segundos.

A cada batida ... Ainda sozinha.

Sem nenhum movimento,

Está tudo silêncio.

A casa vazia,

A sala está fria,

Mas ferve ainda ... O meu coração.

E a intrínsica saudade que invade,

É a companheira da minha solidão;


SOLIDÃO... Solidão... solidão

"Simbiose"

Embora seja uma relação mutuamente vantajosa, torna-se triste quando ultrapassa o reino animal e passa, também, a fazer parte do tido como, “reino racional”.
Talvez a racionalidade seja prejudicial em alguns casos, por que a simbiose pela qual praticamos nada mais é do que uma relação literalmente vantajosa e, não uma vantagem necessária para a vitalidade. Se ao menos fosse inconsciente, o proposital, não seria para raros, um peso no consciente.
Me impressiona a capacidade que muitos têm de sugar tudo o que pode das pessoas que lhe são úteis, numa espécie de simbiose, o que é normal, mas o que me entristece é a capacidade que temos de descartar, anulando mesmo, quando um “organismo” falha com a sua protocooperação.
Nos tornamos as verdadeiras sanguessugas desacompanhada de seus benefícios.

E se a tristeza pudesse parar por aqui, não carregaria cabisbaixa minha vergonha por não agüentar o peso da culpa. Mas vem o alívio ao lembrar do que é inevitável, de que dar conta de nós mesmos já é um bocado difícil, diria quase impossível. E talvez esta seja uma vergonha ainda maior.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Metade

Essa coisa de metade... Eu vou te contar não pela metade, mas tudo que faz do inteiro ficar assim,
Metade.

Metade é a divisão do inteiro.É complemento é a outra parte.
Sabe o que me encanta? Essa realidade de sermos inteiros e conhecermos outro inteiro e, quando isso acontece o resto todo mundo conhece. Junta dois inteiros e desafiando a matemática faz do dois inteiros, somente um só, e contraditoriamente um inteiro pela metade.

Tá complicado né? Essa coisa de metade realmente deixa a gente inteirinho confuso. Mas é assim, como tudo tem duas partes o que é confuso uma hora fica simples.E a hora que simplifica? Ah, essa é a hora que a tal metade aparece e te faz inteiro.
Ficamos inteiros, suspiramos por completo, sorrimos de verdade. O passo fica firme e a resposta mais decidida. O sonho não fica assim, somente um sonho.

A gente busca, arrisca, corre atrás e percorremos o caminho inteiro.Não paramos pela metade. Quando encontramos nossa metade é tão bom que a gente se sente um inteiro mais inteiro que dois inteiros. Afinal, somos dois inteiros únicos, mas divididinho pela metade.

E estou aqui, ainda na metade do texto tentando explicar como é bom se sentir inteiro quando se tem uma metade. E com apenas um conselho vou deixá-lo por completo;

Divida-se !

Busque sua metade. Fique inteiro, mas divida-se denovo.Isso soma mais do que uma conta de somar e não divide como uma conta de dividir.


Daniele Coelho



" Porque metade de mim é amor e a outra metade, também" Oswaldo Montenegro.



quinta-feira, 19 de março de 2009

Alternativa D: Destino

Quem teve a oportunidade de ser dar ao privilégio de assistir ao filme, ("Slumdog Millionaire") - Quem quer ser um Milionário - no Brasil, que “devorou” oito Oscar, sabe a que o título se refere.
Algumas coisas, eu não poderia dizer todas, acontecem sem que necessariamente sejam acarretados por alguma razão específica. Embora, contraditoriamente acredito que exista uma grande razão.

Há quem diga e religiões pregam que tudo está escrito, outros dizem que nós escrevemos nosso próprio destino ou que temos o poder de mudar o que já está escrito. E eu, Daniele, que acredito que este assunto seja complexo demais e juro que não sei o porquê fui me meter a tentar falar sobre isso. Mas, independente da razão, uma coisa é fato, a lei do “Aqui se faz aqui se paga”, seja a que mais explique os caminhos tortuosos ou gloriosos, que destina o rumo das nossas vidas.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Cansada ...


Meus olhos estão fechando. Sinto-os mais pesados que o peso do meu corpo inteiro. E quando alguém fala comigo, não escuto nada mais além que o zunido do meu próprio ouvido.
Minhas pernas estão fracas e meu corpo pendendo, mas com o pouco de capacidade que tenho pra pensar ainda penso;
Preciso Reag...
Meus olhos então se fecham e minha mente se confunde, sem ao menos terminar o que já nem lembro mais sobre o que eu estava pensando.

Preciso ir embora. Olhar o mundo lá fora, mas sem ver o dia amanhecer.
Queria ser um corpo jogado fora, como um resto de esmola rejeitado pelo maldito. Um corpo que ficasse parado, que fosse ignorado e desviado quando qualquer outro o visse largado.
Queria me livrar do peso. Do peso da minha roupa, do peso do meu cansaço, do peso da minha culpa. Ficar despida pra vida, iniciando uma nova partida...Descansada, revigorada. Pronta para uma nova batalha...
Mas ainda estou cansada.

terça-feira, 17 de março de 2009

O Monstro


Havia um monstro dominando aquele ser. Não o ser que era um monstro. Seu raciocínio tornou-se nulo, então seus movimentos moviam-se por extinto, um extinto insano, impulsionado pelo prazer. O mostro elevava á altos níveis a temperatura do enfermo, causando um estado febril.
Fez o estômago entrar em erupção, perder a individualidade, identidade e o poder de raciocínio.
O monstro debilitou a mente, focando todos os pensamentos a uma única coisa;
Ao Vício.
E qualquer outro pensamento, o monstro o tornou irrelevante.
Sugou o sangue, mas lhe deu um novo e pulsante a percorrerem por suas veias. O monstro o deixou sedado e futuramente o deixará aniquilado.. Despedaçado.

O monstro desenvolveria uma excelente história de terror e acreditem até mesmo de amor... Pois ainda não sei bem ao certo ao qual nome o monstro atende... Mas ouvi algo sobre o codinome PAIXÃO.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Mal Educados



A falta de educação é realmente uma coisa nojenta.
Deveria existir algo sobre isso em algum Artigo ou Parágrafo da Constituição da Republica Federativa do Brasil, naqueles que falam sobre Direitos e DEVERES individuais e coletivos.
Mas, como nada vai pra frente mesmo escrito, assinado e decretado, continuaremos (a quem sente a mesma revolta) com nossos estômagos embrulhados e enjoados.
Antes fosse somente ausência dos cumprimentos, mas é mais que isso. É a falta da batida na porta, o olhar desviado da sua cara enquanto você fala, brinda e pergunta se está tudo bem, entre tantas outras coisas que só de lembrar me dá ânsia
Pior que o tal sentimento medíocre, é como uma doença letal e contagiosa. Afirmo por experiência própria, porque basta o indivíduo me ignorar pela falta de educação, que já sinto meu corpo esquentar, minha cabeça dilatar e juro que se fosse um cachorro, sentiria içar os pelos das minhas costas. E digo letal, porque juro sentir-me morrer por dentro, aos poucos.
Mas confesso que no fundo a culpa deve ser minha, pessoas com um índice maior de sensibilidade na essência, indiscutivelmente sofrem mais do qualquer outro ser que nem ao menos consigo classificá-los. Isso se é que sofrerem. E eu, de extrema sensibilidade aflorada só me #%@*&.
Mas não me rendo. Ainda que “o mande” tomar só Deus e meus pensamentos sabem lá onde, continuarei a sorrir, prestar a atenção e a desejá-los um ótimo dia, uma ótima noite e até um ótimo final de semana.


E hoje como é segunda- feira,

Uma excelente semana á todos.

domingo, 15 de março de 2009

Que carnaval fazem pelo Carnaval

Obs.: Embora seja quase Páscoa, segue ...

Ontem, sexta- feira 21 de fevereiro, deu-se inicio ao carnaval de 2009. Fiquei estudando qual seria a melhor maneira para abordar este assunto , sagrado, posso assim dizer por muitos. Mas nada foi capaz de me inspirar, mesmo pq ontem estava tão cansada e tão confusa, que só tinha a capacidade de escutar um bom Blues. Hoje, sábado, ao acordar as 7h da manhã, pude acompanhar a última escola em seus últimos minutos a desfilar pelo sambódramo do Anhembi. Eis que a inspiração veio! Afinal é automático não conseguir controlar os pés mesmo que descompassados, mas insistentes, quando se escuta a refinada e afinada bateria de uma escola de samba.

O Brasil é um país que infelizmente pode ficar atrás de outros países em vários aspectos. Na Base Instalada, Parque Fabril, na Mão de Obra Qualificada, na Infra- Estrutura de Rodovias, Ferrovia e Fluviais. Nas questões de Controle e Gestão Ambiental, Turismo entre outras coisas, ou não. Agora, onde o Brasil não fica atrás é no Carnaval. Nesses, diria 5 dias, o Brasil explode de alegria como a China explodirá como a grande potencia Mundial em um futuro muito, mas muito próximo. Viramos a ápice do nosso próprio mundo. Somos tomados de alegria, de festa, paixões profundas e gratuitas, embalados com muito samba e regado á muita caipirinha. Talvez seja esta a única razão. De que não é a toa o Carnaval que fazem pelo Carnaval.


Por Daniele Coelho, chegando á praia pra curtir seu Carnaval!