sexta-feira, 18 de março de 2011

Gritando o seu nome ( A Flor)


Acordei de madrugada gritando seu nome.
Perguntei o porquê você não me responde,
Dei por mim e descobri que vc não existe.
Ou será que de mim se esconde.
Acordei assustado de um sonho bom
Porque o sonho era só sonho mesmo
E meu choro era único som.
Naquele quarto vazio
Pude até sentir calafrio
O meu riso sumiu
Porque ela, com o meu sonho partiu
Ainda tentei te achar do outro lado da cama
Fechei meus olhos e com minhas mãos procurei em flama,
A Dama que no meu sonho pediu: "Me ama"
Acordei de madrugada gritando seu nome.
Mas me dei conta que não sei nem seu sobrenome
Diz pra mim: o porquê de você tenho fome?
E o porquê quando acordo de mim você some?
Acordei de madrugada gritando seu nome.
Depois me calei
Novamente me deitei
Recolhi-me de pijama
E dormindo com você, pensei.
Sonhei que te encontrava,
Você me olhava enquanto uma de suas mãos eu segurava,
Na outra você carregava uma rosa, toda dengosa
E eu não queria te soltar,
Tinha medo de você ir embora,
Medo de pelo mundo afora, nunca mais te encontrar.
Medo de dormir sozinho, sem ter nos meus sonhos teus carinhos,
E de madrugada pelo seu nome chamar.
Se um dia fores embora,
Ao menos me deixe sua rosa,
Que prometeu um dia me dar.
Uma noite dormindo senti seu perfume de flor.
Pensei : "É o meu amor"
Mas era só uma rosa, (A Rosa)
Acomodada como se tivesse dormindo
Então veio o temor:
"Agora ela some"
Acordei de madrugada gritando seu nome.

Saia já deste retrato

Lago, saia já deste retrato
E transforme tudo a minha volta, em você.
Dia, escureça e amanheça
Para tudo loucamente,
Novamente,
Eu poder ter.
Lago, saia já deste retrato
E me leve para o lado
Daquela que um dia,
Ao seu lado,
Eu pude ter.
Lago, saia já deste retrato
Seja novamente o cúmplice
Para outro retrato,
Eu poder fazer.



Devaneio de uma noite qualquer


A Noite chegou,


A Chuva caiu.


O ânimo se foi,


O sono nem viu.


Madrugada chegando,


Tem gente sonhando.


O Dia nascendo,


Alguém acordando.


A Cama ainda querendo,


Embora com o Sol brilhando.


Tarde boreando,


Os Pássaros migrando.


Mais uma Noite chegando.


(...) e eu ainda escrevendo.


quinta-feira, 17 de março de 2011

Décimo terceiro Girassol numa Jarra


17 de março de 1901, foi o dia da exposição do quadro Doze girassóis numa jarra de Vincent van Gogh em Paris. Considerada uma das melhores e mais famosas obras do pintor. Doze Girassóis numa Jarra foi considerado o culminar de todo este efeito do sentido da cor e da luz que Van Gogh "descobriu" após a sua chegada ao sul da França. E é neste período que a sua obra sofre a chamada "explosão da cor".
17 de março de 1979, nasce o que venho a chamar de o Décimo terceiro Girassol numa Jarra.
O girassol cheio de Sol que veio ao mundo exibir sua luz quente, acalantadora.
Exibir sua cor encantadora.
Um Girassol amarelo cor de Ouro, que a felicidade é por si só o seu verdadeiro Tesouro.
Um Girassol desabrochado, representado pelo meu eterno príncipe encantado.
Um Girassol com ar de menino, ensinamento divino. Que se mantém sempre criança que da vida nunca se cansa.
Um Girassol feliz, um eterno aprendiz, disso é feita a sua Raiz.
Um Girassol complacente, humano descente.
Um Girassol veemente, consequentemente inteligente.
O Décimo terceito Girassol numa Jarra vive com garra.
Às vezes cheio de marra, o Girassol da Farra.
Girassol que chama atenção em todo o Jardim, mas o Girassol brilha seu Sol quase todinho pra mim.
Décimo terceiro Girassol numa Jarra.
Se prepara.
Começa um novo ano com suas quatro estações:
Girassol terá inverno, quando todo o Jardim lhe parecer o inferno.
Girassol terá verão e muito botão no coração.
Girassol chama atenção. E no outono existe formiga, às vezes chamada "amiga"
Mas uma primavera irá se iniciar,
E eu estarei ao seu lado. Te cuidando, te regando, te zelando para você florear.
Décimo terceiro Girassol numa Jarra,
Desejo Brisa, Sol, Chuva, Borboletas e Orvalhos.
Todo o necessário, mas que não dispensa tais comentários.
Décimo terceiro Girassol, brilhe seu Sol por todo este novo ano.
Brilhe sempre no jardim de todos, e no meu que tanto te amo.

terça-feira, 15 de março de 2011

De um lado para o outro


Roço o meu pé sobre o outro,

Viro de uma lado para o outro,

Quase durmo por pouco.

A hora no rádio relógio só muda,

O quarto vira clausura,

A insônia tortura.

Queria mais da cultura,

Poder ser do Auguste Rodin a escultura,

De Pablo Picasso a pintura.

Sobre uma tinta à óleo descansar,

Sua atenção roubar,

Por meu sono velar,

A noite ao meu lado passar,

Me guiar.

Faça-me carinho,

E ao meu ladinho,

Conte-me sobre Luas,

Cante-me sobre as Estrelas,

Estória de príncipe e princesa,

De um povo e sua alteza.

Mas tenha paciência comigo,

Meu fiel amigo,

Cada noite é uma tristeza.

Ainda roço o meu pé sobre o outro,

Ainda giro meu corpo de um lado para o outro,

E por mais alguns minutos isso lhe deixaria afoito.

Mas não é em vão o seu esforço,

Meus olhos se fecham aos poucos,

E o sono logo vem.

Então você beija o meu rosto,

E me diz: Durma bem, meu bem!

segunda-feira, 14 de março de 2011

ADIANTE

Olhos se fechando
Nariz roçando
A boca procurando
Mãos descobrindo
O corpo querendo.

Lábios que passeiam
Língua que experimenta, tímida, o gosto do meu corpo.
O cheiro que instiga
A pele que sente o hálito quente.
Respiração acelerada que se pudesse diria:
"hoje você é minha, você é minha"
Coração dispara.
Libido sentindo
Desejo aumentando.

Olhos que se abrem, se fitam e dizem por si só.
Bocas que se encontram
Mãos que dominam
Corpo que possui
Lábios que chegam ao seu destino
E a língua, já não mais tímida, cobiça minha boca
E passeia,sobre a minha língua, ávida e curiosa,
Com ardor
Querendo se impor.

Seu gosto é viciante
Mas tão inconstante
Por isso incessante
(...) Doce amante:
- ADIANTE.




















terça-feira, 8 de março de 2011

ABSURDO




Eu quero mais dessa brincadeira
Desse gracejo
Dessa zombaria
Quero em sobejo
Quero mais dessa folia
É um desejo.

Paz
Eu quero paz

Quero mais um alvorecer
E quero mais da sua brisa fria
Passáros arrevoados
Quero mais contemplação
Lábios arregoados,
Aperceber.
Mania.

Quero mais do silêncio que deduz
Quero mais daquela luz
Quero mais beira
Quero mais perplexo
Desejando mais que reflexo.


Quero mais da natureza em sintonia
Quero mais peixe a pinchar
Borboletas sobre a cabeça voar
Quero mais empatia.


Mais e mais olhares
Quero a calmaria daquele lar
Quero horas milhares
Quero mãos a passear
Desejo a divagar.
Quero mais sobre descobrir
Quero mais sobre querer me encontrar

Quero mais sobre o desvendar
Um lago a ressoar
O medo de "amar".
Debicar.

Quero mais da alma aportar
Dois corpos o mesmo espaço ocupar
SENTIR

Sem ser altruísta
Poder ser "artista"
Quero mais ser constante,
Apaixonante.

Mais que um símbolo
Sem conflito
Quero mais infinito
Mais um momento
E um mundo afora frívolo.

Quero mais do abraço
Mais do orvalho,
... Mas que se partiu
Na folha difundiu
Como um caminho que seguiu.

Despediu
Despediu
Despediu












sexta-feira, 4 de março de 2011

Desejar você


Meu corpo está quente,
Esta suado
E você ausente.
Estou cheia de desejo,
E fico a imaginar como serão os seus beijos.
A esperar por um ensejo,
A te querer num lampejo.

Fecho meus olhos e te imagino,
E de fantasias me alucino.

Desejaria que fosse até um mandamento,
Ter-te aqui neste momento.
Mas só me resta o sofrimento,
De te ter só em pensamento.

Como se fosse o seu porto,
Minhas mãos passeiam pelo meu próprio corpo,

Ele te deixaria torto,
Torto de paixão.
Louco de tesão.
Fecho meus olhos e gemendo imploro:
- Me dê prazer, me dê prazer.
É só o que me resta a fazer.

Então eu me toco,
Sem perder o foco.
Eu mesma me provoco

(...) Meus dedos ficam enrrugados
Porquê meu corpo já esta inteirinho molhado
Molhado por desejar você.



SÓ sentir


Eu só quero sentir

Viver,

Amar,

Sorrir.


Quero prazer,

Quero carne,

Quero sexo

Sem nexo

Sem finalidade.

A não ser apenas sentir.

Sentir sem omitir,

Sem exigir,

Sem pungir.

Quero te atrair,

Me despir,


Sentir,

Me sentir,

Te sentir

E SENTIR!


Sem nenhum vitupério.

Depois partir.

Sem nenhum mistério.

Sem adultério.


Quero do prazer o critério.

Do meu fogo o privilégio.

Do nosso sexo o sacrilégio.


E nada ser sério.

Eu só quero sentir.