terça-feira, 19 de abril de 2011

Sem Carro ou Bicicleta

Corri  sem Carro ou Bicicleta um bom tempo por aquele reta que me levaria à você.
Levei até uma maleta, antes de sair ele até me fez careta, eu disse apenas :  "não se meta, dessa vez não vou sofrê".

Corri sem Carro ou Bicicleta um bom tempo por aquela reta.  
Cabelo ao vento, no meio da floresta.
Na minha maleta pousou uma borboleta, como que alguma coisa querendo me dizer.
Aos poucos pude entender.
Sua asas cor de violeta se moviam, como me fazendo um pedido. "Veja bem o que você vai fazer".
 Mas de nada adiantou ela falar no meu ouvido:
"O Amor é termido, é ardido. Olha onde vai se meter".
 E voando foi embora me dizendo:
 "Já não posso mais deter". 
Sem Carro ou Bicicleta corri um bom tempo por aquela reta até o amanhecer.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

"fácil"apagar

Quis pintar o meu coração pra você no muro.
O meu sentimento mais puro, o amor que pra você juro.

Mas chegou a polícia e no meu muro começou a fazer perícia.

- Hey, menina. O que faz aí? Perguntou o Policial irritado

- Uma declaração de amor pro menino da casa ao lado. Respondi

- E aqui é lá lugar de declaração. Insistiu

- Apenas usei minha imaginação.

- Mas você sabe que isso é proibido! Disse o policial

- Usar a imaginação? Perguntei

- Não!!! Respondeu

- Amar? Insisti

- PICHAR! Gritou

- Ah, pensei que fosse o contrário! Desabafei

- O contrário? Perguntou sem entender

- Isso. Afinal, este mundo é tão solitário.

- Mas precisa pichar? Perguntou o policial indignado

- Apenas uma forma de frisar. Conclui

- Mas este amor é correspondido? Perguntou curioso

Apenas abaixei minha cabeça triste.

- O que foi ? Perguntou o policial sem entender.

- Ele se foi! Respondi - Por isso resolvi pichar. Acreditando que a dor se trasformaria em tinta e pintada no muro seria mais fácil apagar.

- Pode continuar. Finalizou o policial sem exitar.

Quer?

I

Nunca brinque com a minha vaidade.
A não ser que seja sempre verdade.

Não falemos de desejos.
Ou mostrarei o que almejo.

Que é ter você aqui pertinho,
Me enchendo de carinho,
Me fazendo te amar.


Seu corpo,
Que deixa o meu torto,
É como se fosse um porto ,
Que me aconchega sem pensar.

Sinto cheiro dessa dança,
E me sinto como uma criança de pernas pro ar.
Começo a girar colocando os braços para cima,
Quando sei que estou no seu pensar.

Impossível controlar,
O querer do seu beijar.
Por isso não peço à Deus me perdoar,
Pois se não viemos, EU vim nesta vida para amar.

II

Quando a minha boca encostou na sua e eu senti o seu gosto,
Meu corpo ficou louco ao seu desejar.
Quando você beijou a minha nuca me imaginei nua,
Toda sua,
À você dançar.

Me pega de jeito.
Me ensina do seu jeito.
Que pelo meu jeito você vai se apaixonar.

Não faça do jeito que eu gosto.
Se não de prazer por você eu gozo,
E não só mais no pensar.

Porque sou uma mulher por inteiro.
Me entrego de corpo e alma pro que desejo.

Escrevo com tesão.
Me entrego para toda e qualquer emoção.
Deixo aberto o meu coração.

Ainda sou uma menina.
Faço rima.
Mas também sou uma mulher.
E te pergunto:
Vc me quer?

quarta-feira, 13 de abril de 2011

o Sol não saiu

Hoje o Sol não saiu. Chamei seu nome, mas acho que você não me ouviu. Me peguei te procurando, mas você sumiu. Então fechei meus olhos e tudo ficou escuro, como de costume ficam os dias sem você. Tentei te encontrar através das minhas lembranças e nelas você me viu porque delas você nunca partiu. O dia estava claro e ultimamente isso era raro. Nuvens brancas fofas nun céu azul celeste o sol raiando e o meu único medo era que você fosse um cafajeste. Mas me abriu a porta do carro, estendeu sua mão para que eu pudesse me apoiar e me levou por este dia bonito, pra passear. Era tudo novidade, você mal sabia a minha idade e conversávamos apenas sobre nossas verdades. Seu olhar me evitava, por toda sua timidez, sua simplicidade, tudo raridade, eu admirava. Tentei te deixar mais calmo e quando vi, de mim já estava a um palmo. Se soltou até demais. Me pedia porque me pedia que queria ainda mais. Brincava que não me deixava mais em paz, então eu pedi: Vá com calma, Rapaz! Você me olhou de lado, me deu um sorriso meio safado como que dizendo “fique aqui ao meu lado”. Me pediu um abraço, nem que fosse disfarçado. Mas eu resisti. O tempo fechou e a chuva começou a cair, voraz como tardes de verão, mas nem assim você quis partir, mas eu também não deixava você ir. Sentamos no molhado, mas chuva passou rápido, do contrario, certeza que ficaríamos lá ensopados. A gente ria, sorria, a gente se olhava, gostava do que via. Aos poucos a gente se entregava. Mais sobre a gente conversava, mas à tarde aos poucos acabava. Começou a esfriar e com medo de ainda mais me encantar outro abraço recusei, algumas conversas cortei, mas por todo aquele momento, por tudo que você era, de certa forma me apaixonei. Já era hora de irmos embora. Você teve que partir e não cansávamos de nos despedir. Você se foi e eu pedi à Deus por momentos como este se repetir. Abri meus olhos e vi que ainda estava escuro. E lembrei que hoje o Sol não saiu. Chamei seu nome novamente, mas novamente você não me ouviu. Te procurei mais uma vez, mas me dei conta que você realmente sumiu.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sonho que me fez sonhar


Mesmo que não dormisse, havia o medo de descobrir que tudo foi um sonho.

Um sonho?

Para quem sempre teve pesadelos?

Então, sendo um sonho, sonhando, deixou o medo partir. Partiu calmo, como se nem fosse mais o medo.

Dando espaço, o que ficou foi a paz de espírito por saber que, sim, era um sonho (...)

Um sonho mais que real.

REAl, mas que não deixou de ser um sonho.

E na realidade do sonho, naquele dia ele a fez prometer que à Deus uma oração ela iria fazer. Ajoelhou no chão, uniu suas mãos e orou com devoção. Promessa cumprida. Fim de uma noite, para ela, bem dormida.

Bons sonhos teve, dormiu sem nenhuma agonia, em sua cama não ficava mais perdida.

O Dia amanheceu, e que havia tido um sonho dormindo e um sonho vivido, percebeu.

Ficou sem entender mas sentiu-se renascer.

CONFIANÇA!

Depois da tempestade vem a bonança. E aí a gente fica feito criança a brincar no mar. Da brisa se refrescar, sentindo o coração se acalmar! Lá fora o Sol já saiu e tem gente que ainda nem viu, porque só olha pro chão. Tremendo vacilão. Mas a vida se encarrega de dar um empurrão. Levante esta cabeça, e na sua frente, para quem quer que apareça dê um sorriso contente. Deixe a felicidade aparente, e para isto, sem ser prudente. A vida é assim. Depois da tempestade vem a bonaça. E para ter um BOM DIA : CONFIANÇA!

Isso que quer?

E eu fico assim a pensar se você pensa em mim.

Vem e me diz:

"Neste amor sinto-me um aprendiz."

Diga ser o meu homem e eu sua mulher. Isso que quer?

Nem que seja apenas no seu pensamento, so não me deixe ao relento, como agora no vazio deste momento!

Mas sem isso, continuo assim:

A pensar se você pensa em mim.

Alusão

Olhando pela janela, vendo tudo que não queria ver. Queria ver esta paisagem se transformando em tudo de você. Da luz do Sol, o acalanto do seu corpo. Dos passáros que cantam, aquelas músicas que no meu ouvido você canta e me encanta. Dos orvalhos, o brilho dos seus olhos que me olham me devorando. Da brisa fria de outono, o frio que sinto com seu abandono. Das pessoas aparentemente cansadas, a saudade que sinto e que me faz perder o sono. Do olhar perdido de alguém na sacada, talvez também pensando na pessoa amada, a minha procura por você numa toada.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

d'ELA


O que eu preciso fazer pra conquistar o coração dela?

Para entrar em sua casa, invadir seu espaço, dominar o seu ser?

Dormir e acordar ao seu lado, em sua cama, ou apenas observá-la dormir?

O que eu preciso fazer, para tê-la como minha. Minha menina, minha rainha?

O que eu preciso fazer pra conquistar o coração dela?

Se eu não vejo mais tanta graça nas pessoas, antes tão graciosas pra mim. Se, agora, depois de ter convivido com a doce presença dela, a minha própria companhia se tornara tão amarga e insuportável.

O que eu preciso fazer pra conquistar o coração dela?

Para ter os olhares dela sempre fixo aos meus! Olhos grandes, expressivos, que brilham e se inundam em lágrimas com tanta facilidade.

Para ter aquele sorriso, que sorriria só para mim. De boca bonita, lábios aparentemente macio. Tão macio quanto ou até mais do que imagino. Do que intimamente sonho, calado. Dentes brancos, retos como um corte seco de uma faca.

E seus suspiros? Ah, Saberia eu, ser o único motivo.

O que eu preciso fazer pra conquistar o coração dela?

Pra mostrar o quanto eu me importo com todos os seus devaneios sem importância.

Mostrar o quanto acho bonita aquela carinha de sonada e criança.

O quanto conquistar o coração dela é a minha esperança.

O que eu preciso fazer pra conquistar o coração dela?

E poder ligar pra ela pra saber como está. Sem tanto medo de incomodar.

Para abrir a porta de casa e recebê-la com um beijo, afagá-la no meu peito, e nunca mais querer largar.

Sentar no sofá juntinhos, roçar os pés devagarzinho e no meio de um filminho fazê-la adormecer com os meus carinhos.

O que eu preciso fazer pra conquistar o coração dela?

Podermos estar juntos o tempo todo, abraçar sem pedir licença, no meio do povo.

Declar-me abertamente, assumidamente, apaixonadamentente.

Como quero amar!!!

Amar á ela, com toda a sua singularidade, manias, defeitos e qualidades.

Aquele jeito voraz, que só o dela me satisfaz.

Aquela malícia repentina, jeito de mulher e menina que tanto me fascina.

O que eu preciso fazer pra conquistar o coração dela?

Chamá-la por apelidinhos, enciumar os vizinhos, dar folga ao cupido anjinho.

Sem falar no corpo dela. Aliás, sobre o corpo dela nem se tem o que falar. Dispensa descrição! Mas, aqui pra nós, um tesão.

O que eu preciso fazer pra conquistar o coração dela?

O coração e a sua atenção, para observar em mim tudo isso que há muito já observei nela.

Agora, diz pra mim:

O que eu preciso fazer pra conquistar o coração dela?

Conquistar TODA ela, sem nenhuma cautela?