quarta-feira, 25 de março de 2009

"Simbiose"

Embora seja uma relação mutuamente vantajosa, torna-se triste quando ultrapassa o reino animal e passa, também, a fazer parte do tido como, “reino racional”.
Talvez a racionalidade seja prejudicial em alguns casos, por que a simbiose pela qual praticamos nada mais é do que uma relação literalmente vantajosa e, não uma vantagem necessária para a vitalidade. Se ao menos fosse inconsciente, o proposital, não seria para raros, um peso no consciente.
Me impressiona a capacidade que muitos têm de sugar tudo o que pode das pessoas que lhe são úteis, numa espécie de simbiose, o que é normal, mas o que me entristece é a capacidade que temos de descartar, anulando mesmo, quando um “organismo” falha com a sua protocooperação.
Nos tornamos as verdadeiras sanguessugas desacompanhada de seus benefícios.

E se a tristeza pudesse parar por aqui, não carregaria cabisbaixa minha vergonha por não agüentar o peso da culpa. Mas vem o alívio ao lembrar do que é inevitável, de que dar conta de nós mesmos já é um bocado difícil, diria quase impossível. E talvez esta seja uma vergonha ainda maior.

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