quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O vaso de para- brisa

O vaso de para-brisa abrigava aquela flor.
Você, mais uma vez desentendido,
confundiu o sentido
E ficou no louvor. 

A chuva daquela noite batia no vidro e regava aquela flor,
Mas do meu rosto escorria uma lágrima.

Era de dor!

E a dor não rega nada,
Que dirá uma falsa amada
Nem mesmo um sonhador.

A flor cor de rosa
Serviu apenas pra te perguntar numa prosa 
pra onde foi aquele amor?

- Não entendeu meu sinal
nem isso nem que me fez mal -

Era apenas um penhor!

Me usa como garantia,
E sempre vai embora.
O que espera ainda de mim,
pra sua volta?


Um  para-brisa pra flores de rapina
Roubadas da esquina? 


No nosso vidro as flores já criaram raiz
E será essa, pra sempre, nossa cicatriz!






















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