quarta-feira, 13 de abril de 2011

o Sol não saiu

Hoje o Sol não saiu. Chamei seu nome, mas acho que você não me ouviu. Me peguei te procurando, mas você sumiu. Então fechei meus olhos e tudo ficou escuro, como de costume ficam os dias sem você. Tentei te encontrar através das minhas lembranças e nelas você me viu porque delas você nunca partiu. O dia estava claro e ultimamente isso era raro. Nuvens brancas fofas nun céu azul celeste o sol raiando e o meu único medo era que você fosse um cafajeste. Mas me abriu a porta do carro, estendeu sua mão para que eu pudesse me apoiar e me levou por este dia bonito, pra passear. Era tudo novidade, você mal sabia a minha idade e conversávamos apenas sobre nossas verdades. Seu olhar me evitava, por toda sua timidez, sua simplicidade, tudo raridade, eu admirava. Tentei te deixar mais calmo e quando vi, de mim já estava a um palmo. Se soltou até demais. Me pedia porque me pedia que queria ainda mais. Brincava que não me deixava mais em paz, então eu pedi: Vá com calma, Rapaz! Você me olhou de lado, me deu um sorriso meio safado como que dizendo “fique aqui ao meu lado”. Me pediu um abraço, nem que fosse disfarçado. Mas eu resisti. O tempo fechou e a chuva começou a cair, voraz como tardes de verão, mas nem assim você quis partir, mas eu também não deixava você ir. Sentamos no molhado, mas chuva passou rápido, do contrario, certeza que ficaríamos lá ensopados. A gente ria, sorria, a gente se olhava, gostava do que via. Aos poucos a gente se entregava. Mais sobre a gente conversava, mas à tarde aos poucos acabava. Começou a esfriar e com medo de ainda mais me encantar outro abraço recusei, algumas conversas cortei, mas por todo aquele momento, por tudo que você era, de certa forma me apaixonei. Já era hora de irmos embora. Você teve que partir e não cansávamos de nos despedir. Você se foi e eu pedi à Deus por momentos como este se repetir. Abri meus olhos e vi que ainda estava escuro. E lembrei que hoje o Sol não saiu. Chamei seu nome novamente, mas novamente você não me ouviu. Te procurei mais uma vez, mas me dei conta que você realmente sumiu.

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