Roço o meu pé sobre o outro,
Viro de uma lado para o outro,
Quase durmo por pouco.
A hora no rádio relógio só muda,
O quarto vira clausura,
A insônia tortura.
Queria mais da cultura,
Poder ser do Auguste Rodin a escultura,
De Pablo Picasso a pintura.
Sobre uma tinta à óleo descansar,
Sua atenção roubar,
Por meu sono velar,
A noite ao meu lado passar,
Me guiar.
Faça-me carinho,
E ao meu ladinho,
Conte-me sobre Luas,
Cante-me sobre as Estrelas,
Estória de príncipe e princesa,
De um povo e sua alteza.
Mas tenha paciência comigo,
Meu fiel amigo,
Cada noite é uma tristeza.
Ainda roço o meu pé sobre o outro,
Ainda giro meu corpo de um lado para o outro,
E por mais alguns minutos isso lhe deixaria afoito.
Mas não é em vão o seu esforço,
Meus olhos se fecham aos poucos,
E o sono logo vem.
Então você beija o meu rosto,
E me diz: Durma bem, meu bem!
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